segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sobrevivendo a sexta-feira 13

Não, eu nuca fui supersticioso. Não tenho tempo pra esse tipo de coisa. Mas depois desta ultima sexta-feira, vou começar a repensar algumas coisinhas.
 
Um dia normal, uma sexta-feira inofensiva. As segundas-feiras me assustam muito mais, confesso. Naquele dia, a única coisa que realmente me incomodava era o nariz que não parava de escorrer, e o desespero de ficar bom até a noite, por que tinha uma festa pra ir.

No trabalho, tudo tranquilo, sem muito que fazer. E a manhã foi passando, calma e lentamente, à base de muito café, e checando os e-mails a cada 2 minutos. E finalmente, depois de 4h, chegou a hora de bater o ponto.

Meu trabalho não é chato. Na verdade, eu amo meu trabalho. Ficaria, numa boa, além do tempo, mas como sou apenas um estagiário, quando chega meio-dia, eu sou praticamente expulso daquele local. E isso me deixa profundamente magoado, não!?

Cheguei em casa com uma fome que só, e somente, minha mãe entende. Almocei. E ainda com o nariz escorrendo, implorei pra minha mamãezinha um chá de alho. Eu, pobre e inocente, achei que esse seria o ápice de tragédia que poderia acontecer-me numa sexta-feira 13.

Passei a tarde dormindo, e só acordei na hora de Malhação. Não vou mentir e nem me fazer de Cult. Sim, eu gosto dessa novelinha infantil e tola. Ainda mais quando se é o ultimo capitulo da temporada. -Sou fã de últimos capítulos. Mas isso é assunto pra outro post.

De noite, na hora de ir pra faculdade, fiquei com preguiça, e não fui. Peso na consciência? O que é mesmo consciência? Ainda não fomos apresentados. E mesmo assim, no sábado fiquei sabendo, e eu até já sabia, mas não lembrava, que não teve aula, naquele dia a faculdade tinha uma programação de boas vindas para os alunos.

O negócio começou a pegar depois das 20h. Trocando mensagens compulsivamente com o Luih, e esquematizando a noite, para deixá-la perfeita, decidimos que ele viria me pegar em casa lá pelas 23h. Iríamos dar uma passada num barzinho novo da cidade, dar uma volta pra mostrar a cara por aí, e depois sim, o rumo era a festa.

O Luih, querendo ganhar uns pontinhos com minha irmã, que nem precisa, por que ela adora ele, mandou que eu a convidasse. Ele disse que talvez conseguisse cortesia pra festa, e que era pra ela ir com a gente.

Convite feito, a menina começou com o ritual de secador pra um lado, chapinha pro outro, e o meio de tudo um estojo gigante de maquiagem. Não tinha mais como voltar atrás. E eu, torcendo para que ele conseguisse as tais cortesias, pois já estava sentindo a dor no meu bolso!

Ei, mas espera um pouco! Eu acho que não contei o que aconteceu a tarde. Não, eu não passei a tarde dormindo. Acabei de lembrar que fui cortar o cabelo. E adivinhem? O cara fez uma cagada na minha cabeça. –Então fica a dica, crianças: Nunca, eu disse NUNCA, troquem de salão de beleza ou de cabeleireiro, ok?

Mas voltando de onde paramos, lembram do meu medo? O do Luih não conseguir as cortesias? Pois é. Ele não conseguiu, e eu tive que amputar do meu bolso R$ 80 de uma vez só. –Cada ingresso era R$ 40, e eu tive que pagar o meu e o da minha queridíssima irmã. E depois dessa, quem disser que eu não à amo, vai morrer.

Devidamente arrumados, fomos pra rua. Em ordem alfabética, estavam no carro Heloisa, Jéssica, Luih e eu. Fomos no barzinho novo, mas tava lotado. Fila de espera não é pra gente. Decidimos ir pro nosso point, o Moraes. Bebemos um pouco, ficamos por lá, e depois fomos dar uma volta. Enquanto isso, o tempo foi passando.

Deixamos a Jéssica no destino dela, e fomos pro nosso.

A festa tava maneira. Encontrei a Ana Teresa, minha amiga linda, que há anos não nos víamos. Batemos papo, e pra variar, aquela ex-loira disse que eu estava super magro. Isso é algo que muito me intriga, por que eu nunca estive gordo. Então, eu sempre acho que estou normal, e não super magro, mas enfim, outro post.

As horas passaram, e já na casa das 5 da matina, eu acho, saímos, e fomos pro carro. E a partir desse momento, já não mais na sexta, mas ainda sob a regência da sua maldição, o bicho começou a pegar.

Quando cheguei no carro, vi o vidro do passageiro quebrado. E quando abrimos a porta, o inevitável: levaram o som.

Enquanto isso, na porta da festa, começa uma gritaria, e uma saída em massa: porrada! Um bando de playboy com cocô na cabeça que não sabe curtir festa já tava aprontando.

De comum acordo, resolvi com o Luih, que estava arrasado, que eu iria voltar de taxi pra casa. Era o mínimo. Ele foi pra casa e a Helo e eu fomos procurar um taxi. No caminho, uma cena de brutalidade: outro playboy inconseqüente atropelou um coitado bêbado. Mas por sorte, nada alem de arranhões no carinha que mal se agüentava em pé.

Voltamos pra casa, e quando chegamos, mais babado.

Meu irmão, que estava numa outra festa, essa na Unifap, sofreu um acidente enquanto voltava pra casa. Só não me perguntem como foi o acidente dele, por que ele não lembra. Isso mesmo, ele ficou com amnésia temporária por causa do acidente e não se lembra de nada.

E enfim, a noite chegou ao fim, e fomos todos dormir escutando meu irmão falar besteiras.

E agora, ah, agora eu to fugindo das sextas-feiras 13. E eu juro a vocês: essas datas vão ficar marcadas no meu calendário, e pra quem não era nada supersticioso, agora uma pontinha eu já confesso que tenho!


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Um jovem jornalista, agora intercambista.

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